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Desvende a história de um casal brasileiro que desafiou os limites e conquistou o Everest e o Lhotse em apenas 24 horas!
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Carlos Santalena e Olivia Bonfim se tornaram o primeiro casal do mundo a completar o “Double Head” juntos: escalar o Everest e o Lhotse, a primeira e quarta montanhas mais altas do mundo, em 24 horas.
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A montanhista Olivia Bonfim tornou-se, nesta quarta-feira (22), a primeira mulher brasileira a completar o grandioso desafio Double Head, que consiste em escalar, em sequência, o Monte Everest (8.849m) e o Lhotse (8.516m), no Nepal.
Olivia chegou no topo do Lhotse às 10:05 da manhã no horário nepalês junto ao seu marido Carlos Santalena, experiente guia de montanha, que também conseguiu o feito e tornou-se o segundo homem brasileiro a fazer o desafio. Eles haviam chegado no topo do Everest na terça-feira (21), pela manhã.
O casal fez a expedição com a Garde6, agência de Santalena em que ele também atua como guia.
“É com imenso orgulho e alegria que anunciamos que às 10:05 do horário nepalês, no dia 22 de maio de 2024, Carlos Eduardo Santalena e Olivia Bonfim alcançaram o cume do Lhotse, concluindo um extraordinário desafio que envolve escalar as duas montanhas acima de 8 mil metros em sequência, acompanhados pelo guia Pemba Sherpa”, compartilhou a Grade6 em seu Instagram.
“Parabéns, Carlos e Olivia, vocês são fonte de inspiração para todos nós, mostrando que com determinação, perseverança e força de vontade, superam todos os desafios”, completou a agência.
Esta foi a primeira vez de Olivia no Everest, sendo a 39ª brasileira a conseguir o feito. O casal deixou o Campo Base há uma semana, rumo ao cume da montanha mais alta do mundo. “Há muitos meses essa expedição é planejada e há alguns anos o Everest é um sonho”, disse Olivia ao iniciar a jornada.
Já Santalena já tinha o topo do mundo no currículo em outras três ocasiões. Com a conquista dessa semana, ele tornou-se o primeiro brasileiro a chegar no cume do Everest quatro vezes. Ele também é o sul-americano mais jovem a escalar as sete montanhas mais altas do planeta.
Brasileiros com Double Head
No ano passado, o brasileiro Roberto Terzini fez história ao se tornar o primeiro montanhista do País a completar o Double Head. O paulista de 34 anos escalava sem nenhum tipo de patrocínio e conseguiu chegar ao topo da primeira e da quarta montanha mais alta do mundo na mesma tacada, ou seja, em um mesmo ciclo de cume.
Brasil no topo
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Segue a líder – Mulheres no Everest
Primeira mulher sul-americana negra a chegar no topo do Everest, agora Aretha Duarte lidera grupo de maioria feminina ao campo base da montanha mais alta do mundo e vê seu legado impactar outras mulheres no esporte.
Por Jade Rezende
O que você quer fazer antes de entrar no “resto da sua vida”? Antes de se casar, de ter filhos, caso essas sejam as suas escolhas? Para
as jornalistas Anna Laura e Virginia Falanghe, o desejo era conhecer o Monte Everest. Sem experiência no montanhismo, as amigas e sócias viram o sonho ficar mais próximo da vida real quando descobriram a possibilidade de realizar o trekking até o campo base da montanha, que pode ser feito por iniciantes. A ideia da viagem tomou força quando elas convidaram outras amigas, criando um grupo
majoritariamente feminino (sete mulheres e quatro homens) para conhecer uma das montanhas mais imponentes do planeta.
No mesmo momento em que as jornalistas descobriram o sonho em comum e planejavam o trekking, no começo de 2021, outra brasileira brilhava na cena do montanhismo brasileiro: Aretha Duarte se tornava a primeira mulher negra latino-americana a chegar no topo do Everest. As histórias dessas mulheres se cruzaram quando, ao buscarem agências que realizavam a viagem ao campo-base, Anna Laura e Virginia contataram a Grade6, empresa na qual Aretha trabalha como guia de montanha. “Quando soubemos da possibilidade de tê-la
como líder, não adiantou sugerir mais ninguém – queríamos a Aretha de qualquer jeito”, conta Anna Laura. “O nosso desejo era fazer o trekking em torno da ideia de força feminina, então tê-la como guia seria um símbolo máximo.”
Luísa Galiza, viajante profissional e criadora de conteúdo com o blog Leve na Viagem, referência feminina de ecoturismo e turismo de aventura do Brasil, foi mais uma das mulheres que aderiu ao grupo – e a líder escolhida foi o motivo principal. Segundo ela, ter a Aretha como guia foi “como um ato político e simbólico”. “Confesso que, se não fosse ela, eu teria adiado essa experiência, já que trabalho com viagens e estou sempre na estrada”, admite Luísa. Para Aretha, que nasceu na periferia de Campinas (SP) e levantou recursos para chegar ao Everest trabalhando com reciclagem, a escolha do grupo representou uma grande valorização do seu trabalho. “É um reconhecimento que conquistei ao longo de muitos anos, e minha expedição ao Everest em 2021 acabou fortalecendo a ideia de que eu sou uma boa guia e uma boa pessoa para levar mulheres ao montanhismo – e isso foi muito representativo”, declara.
Desde que conquistou o cume da montanha mais alta do mundo, a educadora física decidiu usar sua trajetória para ressaltar questões como diversidade e proteção ambiental. Aretha teve o primeiro contato com o montanhismo em 2004, durante a faculdade, e se apaixonou de vez. Ela trabalha como guia de atividades outdoor na agência Grade6 desde 2011. No primeiro encontro com o grupo que a escolheu como guia no Nepal, a montanhista se emocionou. “Ali eu entendi que o meu êxito no Everest significou o início de conquistas coletivas, de resultados para além de mim mesma”, afirma Aretha. “Porque de algum modo eu estou contribuindo para que outras mulheres se sintam à vontade na prática desse esporte e motivadas para estarem em um ambiente tão hostil – e ainda muito masculino – que é a montanha.”
O TREKKING
O grupo desembarcou em Katmandu, no Nepal, em meados de abril para o início da jornada. Foram 12 dias de viagem, sendo nove fazendo os 130 km de trekking até o campo base do Everest, que fica a 5.364 metros de altitude. Como se trata de uma caminhada
sem alto nível técnico, que pode ser feita por iniciantes, a aclimatação é realizada de forma bastante gradual, com uma média de ganho de 500 metros de desnível positivo por dia. Os desafios são diversos: até 15 km diários de caminhada, frio extremo, peso das bagagens e o mal de altitude. Luísa, que tem diversas vivências de montanha no currículo – inclusive como guia –, apresentou quadro de enxaqueca e falta de ar. Segundo ela, não existe preparo físico suficiente para ficar imune ao mal de altitude. Nesse trekking, porém, a viajante estava no lugar de aprendiz, diferentemente do que é acostumada, e se permitiu ser vulnerável aos tropeços da trajetória. Estar numa equipe feminina foi uma grande ajuda, de acordo com a blogueira. “As mulheres têm senso de coletivo, cuidado e força – o grupo fica mais suave e sensorial com elas”, afirma.
Anna Laura, que é jornalista de viagem mas não possui experiência em alta montanha, conta que não sabia o que esperar do desafio e tinha muitos receios. Ela também teve fortes enxaquecas por conta da altitude e, durante as caminhadas, achava que não conseguiria passar por algumas etapas – mas os Himalaias e a união da mulherada serviram de suporte. “Estar lá me trouxe muita força interna e também a sensação de que sou capaz de fazer muito”, diz. Outro grande alicerce do grupo foi Passang, uma guia sherpa mulher – raridade nas expedições no Everest. Em 12 anos de trabalho com o roteiro do campo base, Aretha nunca havia sido acompanhada por uma guia local feminina. Segundo ela, a presença da sherpa fez grande diferença para deixar a equipe, majoritariamente feminina, ainda mais à vontade, divertida e harmoniosa. Para Anna Laura, Passang foi essencial para as mulheres se conectarem à sua independência. “Passamos por perrengues juntas e nos ajudamos, tudo isso em um ambiente masculino
que conseguimos dominar”, conta.
Para Aretha, que já tem mais de uma década de experiência na montanha e conquistou o topo do mundo, o trekking com o grupo foi, no fim das contas, uma grande lição sobre a grandiosidade das relações femininas. “As mulheres não demonstram competição durante o trajeto. Pelo contrário: elas viam mais satisfação e alegria se todas chegassem bem até o destino”, lembra. O final feliz dessa história veio temperado por uma feliz coincidência, confirmando que sim, cada vez mais, mulheres puxam umas às outras nas jornadas ao ar livre: durante o percurso, o grupo de Aretha encontrou uma equipe egípcia 100% feminina que fazia a expedição e tinha como líder Manal Rostom, a primeira mulher do Egito a chegar no topo do Everest. É a inspiração e a sororidade movendo montanhas.
Ao vivo no campo base
Era 1975 quando a primeira mulher conquistou o cume do Monte Everest. Sem acesso a tantas informações como temos atualmente, a japonesa Junko Tabei arriscou sua vida enfrentando avalanches e chegou ao topo sem saber o que a esperava nos trechos finais do trajeto. Quase 50 anos depois, muita coisa mudou: Os montanhistas já sabem o que cada etapa da escalada demanda e contam com diversos equipamentos tecnológicos para chegar até lá com mais segurança – apesar de ainda ser uma aventura de muito risco. Junko jamais imaginaria que, algumas décadas depois, Aretha Duarte, Anna Laura e Luísa Galiza conseguiram até participar de uma live com a nossa diretora de redação, Maria Clara Vergueiro, em uma transmissão que rolou ao vivo nas redes sociais lá do campo base do Everest. Os seguidores puderam ter um gostinho do cenário épico e ver os detalhes das tendas individuais, a área de refeições e até o banheiro no local, tudo em tempo real. A live está salva no Instagram da Go Outside e você pode conferir acessando nosso perfil: @gooutsideoficial
Não é a primeira vez que a Grade6 aparece em um quadro de um programa de esportes, podendo contribuir com informações e nossos projetos de escalada e parcerias sociais.
Nossa Expedição Everest encerrou agora em maio, apesar do cume não ter acontecido, priorizamos o que é mais importante a segurança de todos os nossos participantes. Foi uma escalada segura, consciente e marcante. Um grupo unido do começo ao fim, que só guarda lembranças incríveis! Parafraseando nosso amigo e cliente Decio Gomes: “O Everest é lindo demais, mas é desafiador e hostil!”
Nosso grupo chegou à 8.200m de altitude antes da decisão de retornar. Todos estão bem e perto de embarcar de volta para o Brasil e rever os familiares e amigos.
Confira a matéria que o Esporte Espetacular preparou:
https://globoplay.globo.com/v/11635395/
Everest – Conheça os brasileiros que se tornaram exemplos de superação
Na ultima edição do domingo espetacular mostrou os brasileiros que venceram os próprios limites e enfrentaram enormes desafios. Parabéns João Saci e Joel vocês são incríveis!
Clique aqui para ler esta história de tirar o fôlego!
Makalu – Relatos do Guia Carlos Santalena
Este ano, nosso guia Carlos Santalena realizou mais uma escalada acima dos 8 mil, desta vez, ele escalou o Monte Makalu, 8.481m e esta expedição rendeu uma história incrível que ele compartilhou na íntegra com nosso parceiro, The North Face.
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Iceman, recordista brasileiro em corridas extremas
Iceman como é conhecido, ou Djalma Gomes, realizou em a Maratona do Everest, sua esposa o acompanhou realizando nosso Trekking ao Campo Base do Everest.
Aos 65 anos, o brasileiro é um recordista em maratonas em lugares extremos e a maratona do Everest é mais uma delas para sua carreira.
A Grade6 parabeniza o Djalma pela sua conquista e queremos compartilhar essa matéria completa que a revista Go Outside fez sobre esse incrível atleta, clique aqui para acompanhar na íntegra sua história.